sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Doenças crônicas

A Organização Mundial de Saúde (OMS) acabou de divulgar um novo alerta sobre as doenças crônicas como câncer, diabetes e doenças do coração e do pulmão. Elas matam mais do que as doenças infecciosas e transmissíveis como AIDS, malária e tuberculose. Doenças cardíacas, pulmonares, câncer e diabetes foram responsáveis por 36 milhões, ou 63%, das 57 milhões de mortes no mundo em 2008. Esse índice poderia ser diminuído se fatores de risco como o fumo, o álcool e o excesso de peso fossem evitados. O relatório realizado pela OMS definiu as formas de identificar a epidemia, diminuir seus principais fatores de risco e melhorar a saúde para aqueles que já sofrem de doenças não transmissíveis. As prioridades são: monitoramento das doenças, prevenção e tratamento. Cerca de 80% dessas mortes ocorrem em países de baixa e média renda, sendo essas doenças de natureza não transmissível a principal causa das mortes na maioria dos países segundo informações da OMS. Se algo não for feito esse índice deve aumentar gradualmente e ultrapassar outras doenças até 2020. Por Yasmin Barcellos

Com doença rara, mulher é incapaz de ganhar peso

Ser capaz de devorar o que quiser sem acumular quilos pode soar como um sonho tornado realidade. Mas para Carole French, que pode comer tudo o que deseja sem ganhar peso, é um pesadelo. A mulher, que é mãe de dois filhos, é uma das duas pessoas no mundo que foram diagnosticados com desproporção fibrosite muscular - uma doença que impede que o corpo acumule gordura.
Com 50 anos, ela é obrigada a usar roupas de crianças, pois são as únicas que não ficam grandes em seu franzino corpo. Ainda que inicialmente a condição possa parecer atraente, Carole conta que é terrível. Segundo ela, as pessoas fazem piadas cruéis sobre seu corpo, outras tentam tirar fotos e muitas acreditam que ela tem anorexia.
"Muitas pessoas me dizem que eu tenho sorte de ser magra, mas o que eu desejo é poder aumentar meu peso", relatou ao jornal Daily Mail.
Carole nasceu como um bebê normal, em Manchester, na Inglaterra, mas logo seus pais notaram que havia algo estranho: ela demorou demais para sentar, engatinhar e andar. Quando chegou na idade escolar, era claro para seus colegas que ela era diferente - era pequena e seus braços e pernas pareciam varas finas.
Quando completou 13 anos, os pais de Carole desconfiaram que a jovem sofria de algum distúrbio alimentar. Porém, ao contrário do que pensavam, ela lutava para ganhar peso. "Quando eu era adolescente, eu sofria bullying das crianças - eles costumavam me chamar de 'bicho-pau' e dizer que eu era anoréxica", lembra.
"Mesmo quando minha mãe me levou para a médico, encaminharam-me a especialistas para se certificar de que eu não era bulímica ou anoréxica", disse.
Após um ano e meio de exames, em diferentes médicos, sua doença foi diagnosticada. Ela possui desproporção fibrosite muscular, o que impossibilita que ocorra acúmulo de gordura corporal. A condição pode levar a outros problemas de saúde, como osteoporose e artrite.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Detectadas 5 variações genéticas relacionadas ao câncer de próstata

A descoberta de cinco variações genéticas hereditárias ligadas a um tipo câncer de próstata mais agressivo abre o caminho para um exame sanguíneo capaz de distinguir entre os tumores mais perigosos e os de evolução mais lenta, segundo um estudo publicado na terça-feira.
"Os biomarcadores podem distinguir entre os pacientes com um tumor de próstata latente e aqueles que sofrem um câncer de próstata mais agressivo", explicou Janet Stanford, autora principal deste estudo clínico, publicado na versão online da revista Cancer Epidemiology, Biomarkers and Prevention.
"Enquanto estudos prévios sugeriam que as características genéticas são determinantes no desenvolvimento deste câncer, esta pesquisa é a primeira a estabelecer o papel das variações genéticas específicas na mortalidade", disse Stanford, coordenadora do programa de pesquisas sobre o câncer de próstata do Centro Hutchinson.
Os participantes portadores de quatro destas cinco variações apresentaram risco 50% maior de morrer de câncer de próstata do que aqueles com duas mutações ou menos.
"Estes marcadores podem ser utilizados clinicamente com outros indicadores já conhecidos de câncer de próstata para avaliar a agressividade do tumor, como a pontuação de Gleason, e identificar os homens com risco elevado", acrescentou Stanford.
O Centro Hutchinson apresentou um pedido de patente para estes cinco marcadores.
Atualmente, um número elevado de homens, especialmente os de mais idade, com tumores de próstata de evolução lenta e baixa probabilidade de morrer, são submetidos a tratamentos desnecessários, como a eliminação da glândula, sendo expostos a efeitos colaterais como impotência sexual e incontinência urinária, segundo os autores desta pesquisa.
Além disso, estes tratamentos desnecessários têm um alto custo econômico, avaliado de dois a três milhões de dólares ao ano nos Estados Unidos.
"Decidimos estudar as variações nos genes que desempenham potencialmente um papel-chave nos processos biológicos que podem contribuir para o avanço do câncer de próstata, como a inflamação, a produção de esteróides, o metabolismo, a reparação do DNA, o ritmo circadiano e a atividade da vitamina D", disse Stanford.
Para este estudo, os cientistas, inclusive os que trabalham no Instituto Nacional do Câncer (NCI, na sigla em inglês), analisaram o DNA das amostras de sangue de um grupo de 1.309 homens de Seattle (Washington, noroeste) com câncer de próstata e de 35 a 74 anos no momento do diagnóstico.
Os cientistas estudaram 937 alterações em 156 genes. Vinte e duas destas variações parecem estar relacionadas com a mortalidade por este câncer.
Os autores do estudo analisaram estas 22 variações genéticas em outra população de 2.875 homens na Suécia de 35 a 74 anos e com câncer de próstata.
Eles descobriram que cinco destas variações no DNA se associam fortemente com a mortalidade por câncer de próstata.
Uma proporção muito maior de doentes morreu de câncer no grupo da Suécia (17,4%), em comparação com o de Seattle (4,6%), durante um período de acompanhamento de seis anos e meio.
Esta diferença nas taxas de mortalidade corresponde às taxas nacionais dos Estados Unidos e da Suécia: os suecos morrem quase quatro vezes mais de câncer de próstata que os americanos.
O câncer de próstata é o tipo de câncer mais comum entre os homens, depois do câncer de pele, e tem aumentado fortemente nos últimos anos.
Em 2010, nos Estados Unidos, 217.730 novos casos foram diagnosticados e 32.050 homens morreram vítimas desta doença.

Descoberta de anticorpos pode revolucionar busca da vacina contra a Aids

Cientistas que pesquisam o vírus HIV afirmaram ter identificado 17 anticorpos poderosos, cuja descoberta abriu caminhos valiosos na busca por uma vacina contra a Aids.
Anticorpos são a infantaria do sistema imunológico e atacam invasores que podem ser micróbios ou vírus, marcando-os para serem destruídos por células "assassinas" especializadas.
Munir anticorpos de forma a reconhecer patógenos faz parte do manual de produção de vacinas, mas tem provado ser algo extremamente difícil no caso do vírus da imunodeficiência adquirida (HIV), que causa a Aids.
Os novos anticorpos "amplamente neutralizantes" são a maior descoberta feita até agora e também são muitas vezes mais poderosos do que os descobertos anteriormente, afirmaram os cientistas em um artigo publicado na edição desta quinta-feira da revista britânica Nature.
"A maior parte das vacinas antivirais depende do estímulo às respostas dos anticorpos para funcionar de forma eficaz", explicou Dennis Burton, do Instituto de Pesquisas Scripps, em La Jolla, Califórnia.
"Por causa da variabilidade notável do HIV, uma vacina anti-HIV eficaz provavelmente teria que ativar anticorpos amplamente neutralizantes. É por isso que esperamos que estes novos anticorpos provem ser aquisições valiosas nas pesquisas para a vacina da Aids", acrescentou.
Segundo a Iniciativa Internacional para a Vacina da Aids (IAVI, na sigla em inglês), uma ONG internacional patrocinadora das pesquisas, a busca por anticorpos neutralizantes do HIV seja "talvez o maior desafio" enfrentado por produtores de vacinas.
Os 17 anticorpos foram isolados de quatro indivíduos soropositivos, um feito perecido com procurar agulha em um palheiro, pois apenas um número muito pequeno de pessoas produzem estas poderosas moléculas.
A Aids já matou cerca de 30 milhões de pessoas desde que a doença passou a fazer parte do conhecimento público, em 1981. Segundo estimativas da ONU, cerca de 34 milhões de pessoas estão infectadas pelo HIV atualmente.

Cafeína na pele pode contribuir para impedir o aparecimento de câncer


Há aqueles que são enfáticos em dizer que a cafeína faz mal à saúde. E por isso evitam ingerir café, chá-preto, guaraná e refrigerantes. Entretanto, uma pesquisa mostra os lados positivos que a cafeína pode proporcionar ao nosso corpo.

De acordo com cientistas da Faculdade de Medicina da Universidade do Estado de Washington, a cafeína protege os humanos contra a incidência do câncer de pele. O mecanismo foi testado em cobaias e tem como função a proteção em nível molecular.

Masaoki Kawasumi, um dos principais autores da pesquisa, modificou ratos geneticamente para reduzir a função da proteína ATR (Telangiectasie d'ataxie, Rad3) em sua pele. Segundo o pesquisador, a ATR desempenha um papel significativo na multiplicação das células da pele danificadas por raios ultravioleta do sol.

Com a ação da proteína ATR fortemente reduzida entre os ratos geneticamente modificados expostos aos raios ultravioleta, os tumores de pele se desenvolveram três semanas mais tarde que entre os outros roedores do grupo que serviu de cobaia.

Depois de quatro meses de exposição aos raios ultravioleta, os ratos geneticamente modificados apresentaram redução 69% menor de tumores de pele e quatro vezes menor de cânceres agressivos que os demais.

Na explicação dos cientistas, as aplicações de cafeína na pele poderiam contribuir para impedir o aparecimento de cânceres. Além disso, a cafeína absorve os raios ultravioleta, agindo como um protetor solar.

Para o farmacêutico bioquímico, tutor do
Portal Educação, Ronaldo de Jesus Costa, embora seja muito importante o estudo, o tratamento utilizado foi tópico. “O artigo não cita uso interno, como estamos acostumados, porém, a concentração de cafeína utilizada na solução aplicada nos ratinhos foi semelhante à contida em nossa xícara diária de café (perto de 36 mg/xícara de café)”, explica o farmacêutico.

Ainda de acordo com Ronaldo, não se pode usar café como filtro solar, mas há trabalhos que citam uma redução considerável em casos de certos tipos de câncer de pele com um consumo de 6 xícaras por dia. “Ainda assim, é necessário ponderar antes de tomar café desenfreadamente, pois a cafeína também pode causar gastrite, estresse e inquietação, pois estimula muito o sistema nervoso. Dessa forma, é válida a regra de que tudo que é demais faz mal”, finaliza Costa.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Cientistas criam mosquito sem esperma que pode ajudar a erradicar a malária




Agora, cientistas resolveram fazer algo parecido com os mosquitos que disseminam a malária: eles criaram espécimes sem esperma. Segundo eles, este é um importante primeiro passo para a liberação dos machos estéreis na natureza, a fim de reduzir o tamanho das populações de mosquito.
A malária mata cerca de um milhão de pessoas no mundo a cada ano. Só na África, ela é responsável por 20% de todas as mortes infantis.
A esterilização de insetos não é nova: por exemplo, os cientistas têm tentado controlar a doença do sono expondo a mosca tsé-tsé à radiação para torná-la estéril. No entanto, expor mosquitos à radiação tende a deixar os machos frágeis e incapazes de competir nas acrobacias de acasalamento que o Anopheles gambiae, vetor mais eficiente da malária no mundo, curte.
Agora, cientistas desenvolveram uma rota alternativa à esterilidade de mosquitos. A entomologista Flaminia Catteruccia conseguiu deixar os mosquitos machos estéreis, mas ilesos.
Ela injetou pequenos fragmentos de RNA projetados para desligar um gene chamado ZPG, essencial para o desenvolvimento de esperma normal, em 10.000 embriões de mosquitos.
Após meses de trabalho, os pesquisadores criaram cerca de 100 mosquitos sem esperma, e demonstraram que as fêmeas eram tão dispostas a acasalar com esses machos do que com os férteis.
Mosquitos fêmeas acasalam apenas uma vez em suas vidas. Se os cientistas puderem enganá-las a pensar que acasalaram com sucesso, então elas vão continuar a colocar seus ovos sem saber que eles não foram fertilizados.
Na teoria, isso reduziria gradualmente o número de mosquitos, podendo, assim, ajudar a erradicar o que muitos consideram ser a mais perigosa espécie de inseto para a humanidade.
No entanto, Catterucci adverte que esta é apenas uma prova de princípio. O método que sua equipe usou para criar os machos sem esperma seria muito trabalhoso para inundar as populações selvagens com machos suficientes para ter qualquer efeito sobre seus números. Ainda assim, saber que as fêmeas não percebem se estão recebendo esperma ou não é um passo muito importante


Fumar após acordar aumenta risco de câncer

O fumante que acende um cigarro logo após acordar, pela manha, sofre um risco maior de desenvolver tumores de pulmão, de cabeça e pescoço. A descoberta foi publicada no Câncer, um periódico da Sociedade Americana de Câncer, que auxilia na identificação de fumantes que têm um risco mais alto de desenvolver a doença e que ainda poderiam se beneficiar com programas destinos a redução dos riscos.
O pesquisador Joshua Muscat, do Colégio de Medicina Penn State, em Hershey, buscou as respostas de porque somente alguns fumantes chegam a desenvolver a doença. A equipe de cientistas investigou se o horário do primeiro cigarro diária afetaria os riscos de canceres, independente da sua frequência e da duração.
Para a analise de câncer de pulmão, foram incluídos 4.775 casos da doença e 2.835 pacientes controle, todos fumante regulares. Foram comparados indivíduos que fumavam seu primeiro cigarro após 60 minutos depois de acordarem. As pessoas quem fumavam de 31 a 60 minutos são 1,31 vezes mais propícias a desenvolverem a doença. Já aqueles que fumando nos primeiros 30 minutos após acordar, são 1,79 vezes mais propícios a desenvolver câncer de pulmão.
Na analise de câncer de cabeça e pescoço, foram analisados 1.055 casos e 795 pacientes controle. Na compactação, os que fumam de 31 a 60 minutos apos acordar são 1,42 vezes mais propícios a desenvolver a doença. Os que fumam nos primeiros 30 minutos, são 1,59 vezes mais propícios a este tipo de câncer.
Para o grupo, a descoberta indica que a necessidade de acender um cigarro após acordar aumenta a probabilidade do paciente desenvolver a doença. Esses fumantes têm níveis mais altos de nicotina, e possivelmente de outras toxinas do tabaco, no corpo. Eles podem ser mais viciados do que aqueles fumantes que começam a fumar mais tarde”, explica Muscat.

domingo, 31 de julho de 2011

Hepatite: doença é transmitida nas relações sexuais ou contato com sangue

Secretaria de Saúde mantém a vacinação nos postos de saúde contra a doença; limite para os imunizados subiu de 19 para 24 anos.

Sorocaba soma 73 casos de hepatite crônica (resultado de pacientes contaminados pelos tipos B, C e B+C) desde o dia 1º de janeiro. Em 2010 foram 92 registros. A hepatite é uma inflamação do fígado e as mais comuns são as causadas por vírus (A, B e C). A luta contra  a doença, que tem até um dia especial no calendário de saúde mundial,  é reforçada com a aplicação de três doses de vacina, a melhor forma de prevenção.
   
Todas as crianças, adolescentes e adultos com até 24 anos e 11 meses de idade, que ainda não foram imunizados, devem receber a vacina. O principal foco do combate  é a hepatite B, uma doença provocada por vírus e cuja transmissão ocorre por meio  de relações sexuais e do sangue, em contato  com uso de material não esterilizado, agulhas contaminadas, entre outros. 

A  enfermeira Ângela Sanches, do  setor de imunização da Vigilância Epidemiológica, explica que esta doença pode ser evitada tomando-se as doses de   vacinas até os 24 anos, o que vale para toda a vida.

Este  limite etário é uma referência estipulada pelo Ministério da Saúde, assim como acontece com as doses contra a gripe, em campanhas sazonais, recomendadas para faixas específicas e grupos  suscetíveis.  Mas vale  lembrar que assim como a gripe, a hepatite é uma doença que  pode contaminar qualquer pessoa seja ela criança, jovem, adulto ou idoso.

“A primeira dose da vacina  contra hepatite B deve ser aplicada nas primeiras 12 horas de vida da criança; a  próxima no segundo mês de vida, e a terceira dose, aos seis meses de idade. Nos demais casos, a vacina é administrada em apenas três doses.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Icó lidera casos de dengue no interior do Ceará

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Secretarias de Saúde se mobilizam para diminuir os casos de dengue. Icó está com índice elevado
Icó Este Município, localizado na região Centro-Sul, é o campeão de dengue no interior do Ceará. De acordo com o mais recente boletim epidemiológico, divulgado pela Secretaria de Saúde do Estado (Sesa), até a primeira semana deste mês, Icó lidera as estatísticas com 1.210 casos da doença, um índice elevado. Apesar da queda nos índices registrados nos últimos três meses, a situação preocupa moradores e autoridades locais de saúde. Neste ano, ocorreu um óbito, por dengue hemorrágica.

Até a semana passada, foram notificados 75.043 casos suspeitos de dengue em 184 Municípios do Ceará. Destes, 37.633 foram confirmados em 170 Municípios e 24.125 foram descartados. A Capital registrou 21.272 casos; Crateús, 1.115 casos. O quarto Município é Itapipoca, com 1.043 casos, seguido de Maracanaú com 759 e Caucaia, 726.

Em relação aos casos graves, os dados mostram que a proporção aumenta a cada ano. Neste ano, o pico de transmissão da doença verificou-se nos meses de março e abril, com 10.773 e 11.295 casos confirmados, respectivamente.

O secretário de Saúde de Icó, Daniel Peixoto, lamentou a falta de participação efetiva dos moradores nas campanhas preventivas e de combate aos focos do mosquito transmissor da dengue. "Infelizmente, falta colaboração da população", disse. "Trabalhamos em parceria com o Ministério Público e nas casas onde há repetição de focos, deixamos uma carta-alerta e, na segunda reincidência, serão adotadas medidas legais. Trocamos o larvicida e o inseticida por produtos naturais, mas com maior eficácia e intensificamos o fumacê com uso de bombas costais, em cada casa".

Embora lidere os números de dengue no interior do Ceará, a Secretaria de Saúde deste Município observa que as ações realizadas a partir de fevereiro surtiram efeito, pois o registro da doença reduziu-se nos meses seguintes. O pico foi verificado em fevereiro com 490 casos, depois caiu para 189, em março, 90 em abril, 25 em maio e 14 em junho. "O nosso esforço apresentou um resultado positivo", frisou o assessor técnico da Secretaria de Saúde, Marcos Barreto. "O objetivo é manter os índices reduzidos e o trabalho dos agentes de endemias com visitas domiciliares será intensificado".

Na região Centro-Sul, após Icó, a cidade de Orós aparece em segundo lugar com 274 casos, embora nos últimos dois meses não tenha ocorrido registro da doença. Depois vem Iguatu com 213 notificações, mas no último trimestre não há registro de dengue no boletim da Sesa.

Prevenção
Em consequência do alerta das autoridades de Saúde de risco de epidemia de dengue, após surto da doença nos primeiros meses deste ano, os Municípios do Centro-Sul intensificaram as ações preventivas e de combate aos focos do mosquito transmissor, Aedes Aegypti.

Em Jucás, a mobilização incluiu a realização de mutirões de limpeza nos bairros, palestras nas escolas e esclarecimentos aos moradores sobre os focos que são encontrados com maior frequência em potes e caixas d´água. "Infelizmente, muitos não colaboram e com 15 dias, após eliminação, novos focos são encontrados na mesma residência", observou Georgy Xavier, subsecretário de Saúde. A Prefeitura de Jucás investiu na aquisição de transporte, escadas e lanternas potentes para os agentes de endemias. O resultado foi a redução nos casos.

Os especialistas lembram que a melhor maneira para evitar a dengue é adoção de medidas preventivas: combate aos focos de acúmulo de água, locais propícios para a criação do mosquito transmissor da doença. Para isso, é importante não acumular água em latas, embalagens, copos plásticos, tampinhas de refrigerantes, pneus velhos, vasinhos de plantas, jarros de flores, garrafas, caixas d´água, tambores, latões, cisternas, sacos plásticos e lixeiras, entre outros. A limpeza da casa e dos locais de trabalho é uma importante ação, que deve ser mantida diariamente.

terça-feira, 12 de julho de 2011

Descoberta superbactéria da gonorreia resistente a todos os antibióticos

Foi descoberta no Japão e está a preocupar os especialistas em saúde pública: há uma nova estirpe da bactéria que provoca a gonorreia capaz de resistir a todos os antibióticos disponíveis. A descoberta em laboratório foi anunciada esta semana, na conferência da Sociedade Internacional para a Investigação sobre Doenças Sexualmente Transmissíveis, no Canadá. Magnus Unemo, um dos investigadores envolvidos no estudo, diz que a descoberta desta nova estirpe de Neisseria gonorrhoaeae, classificada de H041, é ao mesmo tempo alarmante e previsível. "Desde que os antibióticos se tornaram o tratamento-padrão para a gonorreia, nos anos 40, a bactéria mostrou uma capacidade extraordinária para desenvolver mecanismos de resistência a todos os medicamentos que foram sendo introduzidos."

Para já os investigadores ainda não têm noção se esta estirpe já infectou muitas pessoas ou qual a sua dispersão, mas os estudos epidemiológicos sugerem que tem potencial para alastrar rapidamente, caso não sejam desenvolvidos novos medicamentos e estratégias de combate. A gonorreia habitualmente é tratada com antibióticos da classe das cefalosporinas, semelhantes à penicilina, que parecem não funcionar com esta bactéria. Nas mulheres, metade dos casos são assintomáticos e quando não são tratados podem levar a complicações crónicas como dor pélvica ou gravidezes ectópicas. Nos homens, onde os casos assintomáticos são em número inferior (apenas 2% a 5%), a gonorreia pode contribuir para situações de infertilidade e aumenta o risco de transmissão de VIH.

Casos aumentam em Portugal Os casos de gonorreia parecem estar a diminuir a nível mundial mas em alguns países europeus, entre eles Portugal, a situação dá sinais de poder evoluir na direcção oposta. Em Maio, o Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC) publicou a primeira análise aprofundada sobre infecções de origem sexual, para o período 1990-2009. No relatório, Portugal é o segundo país europeu onde o número de casos mais aumentou entre 2008 e 2009 (83%). No total, foram diagnosticados no país 114 casos, contra 67 no ano anterior. A doença é de notificação obrigatória desde os anos 50 e desde 1993 que não registava mais de cem casos num ano. Em 1990, o primeiro ano analisado neste relatório, eram 246. Além de Portugal, os casos parecem estar a aumentar também na Islândia, na Polónia e na Dinamarca. No total, foram reportados 29 202 casos a nível europeu em 2009. Nos Estados Unidos estima-se que sejam, pelo menos, 700 mil todos os anos. A maioria dos doentes são jovens entre os 15 e os 24 anos.

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Menopausa precoce ligada à alergia ao glúten.

Uma nova pesquisa dá um alerta para mulheres com doença celíaca, uma intolerância ao glúten. Se o problema não for tratado, a menopausa pode chegar mais cedo, além da possibilidade de complicações na gravidez e problemas de fertilidade.
No entanto, se a doença for diagnosticada precocemente e for seguida uma rigorosa dieta, os resultados indicam que as mulheres enfrentarão a menopausa no mesmo período do que as que não apresentam a alergia ao glúten.
Em pessoas com a doença celíaca, o sistema imunológico reage ao glúten, proteína encontrada no trigo, cevada e centeio. Esses alimentos danificam o intestino delgado dessas pessoas, impedindo a absorção de nutrientes.
A doença celíaca pode ocasionar a diarréia crônica e, com isso, as pessoas afetadas perdem aminoácidos, vitaminas e minerais de grande importância para o funcionamento dos órgãos endócrinos, que produzem os hormônios.
Os níveis de estrogênio geralmente são mais baixos em mulheres com a doença celíaca. De acordo com uma nova pesquisa, além das mulheres com a doença terem a menopausa mais cedo, o tempo de vida fértil é mais curto do que em outras mulheres.
Os abortos e partos prematuros também são mais comuns em quem apresenta intolerância ao glúten. As mulheres com a doença celíaca tratada também apresentaram o problema, mas em menor grau.
O tratamento é baseado em uma dieta sem glúten, e com ele é possível uma melhora significativa na função reprodutiva das mulheres.
Se o diagnóstico da alergia ao glúten for feita cedo, pode-se atrasar a menopausa precoce. porém, é possível que muitas pessoas passem a vida com a doença, mas nunca cheguem a ser diagnosticadas.
Alguns sinais da doença celíaca são a anemia, a deficiência de ferro e sintomas gastrointestinais. Se notar algum desses sintomas, informe o médico e peça um exame. Com um teste simples é possível diagnosticar a doença, mantendo a fertilidade e a qualidade de vida.

Análise de DNA pode salvar demônios da Tasmânia de câncer altamente mortal.

Nos últimos 15 anos, um câncer que se espalha por contato físico tem devastado os demônios da Tasmânia, animais que habitam a ilha australiana da Tasmânia.
Uma vez que um animal contrai a infecção, o que os cientistas acreditam que acontece quando eles mordem uns aos outros, os tumores crescem em seu rosto e pescoço, eventualmente levando o bicho a morte por fome. Uma infecção pelo câncer, conhecido como Tumor Facial Demoníaco, é 100% fatal.
Para evitar que os demônios sejam extintos, alguns pesquisadores estão mantendo certos animais seguros em cativeiro, enquanto o câncer segue seu curso na selva. Mais tarde, os animais protegidos poderiam restabelecer uma população selvagem.
Agora, o código genético de dois demônios da Tasmânia – apelidados de “Spirit” e “Cedric” – pode ajudar a preservar uma população desses grandes marsupiais carnívoros saudável.
A estratégia do cativeiro será mais eficaz se informações genéticas forem usadas para ajudar a selecionar os animais a serem salvos.
A variação genética é crucial para uma população saudável, porque permite que os organismos respondam melhor às ameaças, como doença ou mudança de habitat.
Os pesquisadores decifraram os genomas de dois demônios infectados pelo câncer. A partir dessas sequências genéticas, eles selecionaram 1.536 pontos em que uma variação no código genético ocorreu. Então, olharam para a variação nesses pontos em 175 demônios.
Esse processo deu-lhes um sentido de diversidade entre os animais. Para se ter uma ideia de como o DNA do demônio da Tasmânia mudou através do tempo, a equipe analisou algumas das mesmas variações genéticas em nove demônios preservados em museus, o mais antigo sendo de um século ou mais atrás – e concluiu que não há muita diferença entre eles.
Usando pistas do desenho genético dos demônios, os conservacionistas devem ser capazes de recriar uma população saudável de animais. Os pesquisadores sugerem que a gama de demônios pode ser dividida em até sete zonas e um número igual de demônios retirados de cada zona para garantir uma população saudável futura.
Embora não seja um fenômeno recente, a baixa diversidade entre os demônios pode desempenhar um papel no sucesso do câncer. Ao contrário de outros tipos de câncer, que derivam da proliferação descontrolada de células dentro de um organismo, esse tipo de câncer é como um transplante.
Em outros animais, o sistema imunológico reconheceria as células do tumor como “estranhas” e as atacariam. No entanto, como todos os demônios são tão geneticamente similares, os cientistas acreditam que seus organismos perderam essa capacidade.
Os pesquisadores também sequenciaram o genoma de um tumor encontrado em um dos dois demônios, Spirit. Eles descobriram que o tumor não compartilhou o genoma e, portanto, não era derivado de suas células. O outro demônio, Cedric, apresentou resistência a algumas cepas do câncer, mas acabou sucumbindo à doença.
Os 1.536 pontos analisados na pesquisa eram apenas marcadores, e não foram associados com características específicas dos demônios. Mais tarde, os cientistas querem refinar a análise e substituir esses marcadores com variações mais cuidadosamente escolhidas, incluindo algumas que poderiam estar associados com a resistência ao câncer.

Garota de (SP) que chora sangue será examinada hoje.

Débora Oliveira dos Santos, de 17 anos, afirma sangrar pelos olhos quando fica nervosa 

Em Ribeirão Preto A adolescente Débora Oliveira dos Santos, que vive no interior de São Paulo e, desde os 14 anos, sangra pelos olhos quando chora: mistério intriga a medicina.

O mistério de uma garota que vive no interior de São Paulo e chora sangue pode estar perto de ser esclarecido. Débora Oliveira dos Santos, 17, vai ser examinada nesta quinta-feira (30) na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), na capital.
A história de Débora deixou intrigados médicos que a examinaram em Meridiano e São José do Rio Preto, cidades que ficam na região noroeste de São Paulo. Segundo a família, ela sangra pelos olhos toda vez que chora, fica nervosa ou ansiosa, desde os 14 anos de idade. “Não aguento mais essa situação”, disse a jovem.

De acordo com o clínico-geral Orlando Cândido Rosa Filho, que atendeu Débora em Meridiano (535 km de São Paulo) e a acompanha na consulta de hoje em São Paulo, glóbulos vermelhos são expelidos junto com as lágrimas quando a adolescente chora.

A hipótese de médicos é de que a garota tenha uma doença chamada coagulopatia, um distúrbio na coagulação do sangue, ou um problema emocional relacionado a uma agressão que ela sofreu de uma ex-patroa, quando era babá, em Cacoal, no Piauí.

A família de Débora é de Fortaleza. A garota e a mãe dela residem em Meridiano há dois meses. Elas se mudaram para a cidade, onde têm parentes, em busca de ajuda para os sangramentos, que também atingem a vagina, os ouvidos e o ânus.

“Ela era babá em uma casa e a mulher a espancava. Os médicos acreditavam que algum vasinho tinha estourado”, disse a prima Diana de Oliveira.

De acordo com a prima, como os médicos em Fortaleza não conseguiram descobrir as causas do problema, eles aconselharam a família a procurar ajuda em outras regiões ou mesmo fora do país.

Quando o pai de Débora morreu, a família chegou a achar que a garota ia morrer de hemorragia por causa da quantidade de sangue que expelia quando chorava.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Mudanças nos planos de saúde.

60% dos usuários enfrentam problemas
A demora em conseguir atendimento em pronto-socorro, laboratório ou clínica é a queixa mais comum, apontada por 26% dos entrevistados. Quase 60% dos usuários de plano de saúde enfrentaram algum problema no serviço ofertado no último ano. Segundo revela pesquisa encomendada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) ao Instituto Datafolha, em segundo lugar, aparece a pouca opção de profissionais, hospitais e laboratórios credenciados (21%).
 
Além disso, 14% das pessoas ouvidas disseram que procuraram serviços do Sistema Único de Saúde (SUS) por negativa ou restrição de cobertura por parte do plano de saúde. "Essa pesquisa veio confirmar a insatisfação com os planos que já falamos há tempos", disse o vice-presidente do CFM, Aloísio Tibiriçá.
 
No entanto, 76% dos entrevistados afirmaram estar satisfeitos com os serviços. Para o vice-presidente, a satisfação dos usuários ocorre depois de terem sido atendidos pelos médicos. "Isso é depois que é atendido. O problema é chegar no médico, é o acesso", disse.
 
Perfil do plano
 
A pesquisa traz também um perfil sobre quem tem plano de saúde no país, grupo que soma mais de 45 milhões de brasileiros. Cada pessoa procura os serviços do plano, em média, sete vezes por ano. A maioria busca consulta médica ou exame de diagnóstico, como o de sangue ou raio-x. Os usuários mais frequentes são da Região Sudeste e das regiões metropolitanas das capitais. Em geral, o usuário tem alta escolaridade e renda familiar superior a três salários mínimos por mês.
 
O levantamento é divulgado um dia após a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) definir prazos que as operadoras dos planos terão de cumprir para atender os pacientes. Por uma consulta básica, o usuário deverá esperar, no máximo, sete dias úteis, por exemplo.
 
A resolução da ANS não garante que o usuário será atendido pelo médico de sua escolha, mas sim por qualquer profissional credenciado da mesma especialidade. As regras passam a valer em setembro. A operadora que descumprir estará sujeita a pagamento de multa ou auditoria da agência reguladora.
 
Ampliação da rede
 
Para o CFM, as normas da ANS somente serão cumpridas se a rede credenciada for ampliada. Entidades representativas dos planos de saúde afirmam que é viável atender os prazos estipulados pelo governo. Os médicos têm travado uma queda de braço com as operadoras por causa do valor pago pelas empresas aos profissionais credenciados. Em abril, a categoria paralisou, por 24 horas, o atendimento de rotina e as cirurgias marcadas para cobrar reajuste dos valores.[2]
 
A Agência Brasil procurou a Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), que representa 15 operadoras, para comentar o resultado da pesquisa e aguarda retorno. O instituto ouviu 2.061 pessoas em 145 municípios, nos dias 4 e 5 de abril deste ano. Do total de entrevistados, 545 afirmaram possuir plano de saúde.

JOVEM MORRE VITIMA DE DENGUE HEMORRÁGICA.

A adolescente Mariana Oliveira, 13 anos, morreu vítima de dengue hemorrágica e a família se diz inconformada com o fato. De acordo com a mãe da garota, houve negligência no atendimento do Hospital de Urgência de Sergipe (HUSE), onde Mariana estava internada desde a ultima quarta-feira.
Segundo relato feito pela mãe, Mariana chegou ao hospital na última quarta-feira (22), e no dia seguinte, quinta (23), o quadro clinico piorou. “Só quando minha filha piorou foi que recebeu atendimento de verdade, mas antes disso não houve preocupação. O diagnóstico já tinha saído e nada de atenção”, relatou a mãe revoltada.
A mãe da vítima ainda contou que durante o fim de semana, Mariana continuou a ter atendimento precário e mesmo tendo a morte sido causada por dengue hemorrágica, a família está inconformada. “Acredito que a morte poderia ter sido evitada se o atendimento fosse melhor”, reclamou a mãe de Mariana.

Remédio antiaids usado em países pobres causa envelhecimento precoce.

Pesquisadores afirmam que inibidores da transcriptase reversa causam danos ao DNA da mitocôndria, levando a doenças cardíacas e demência.

Pesquisa britânica ajuda a explicar por que pessoas infectadas pelo vírus HIV e tratadas com antigos antirretrovirais podem apresentar sinais avançados de fragilidade e doenças.



Uma classe de genéricos usada no tratamento do HIV pode causar envelhecimento prematuro, levando a doenças cardíacas e demência. Em um artigo publicado na Nature Genetics, pesquisadores britânicos mostram que remédios conhecidos como inibidores da transcriptase reversa (NRTIs, em inglês), usados em larga escala principalmente no continente africano, podem causar danos ao DNA da mitocôndria dos pacientes.
A mitocôndria é uma das estruturas mais importantes das células, pois é responsável pelo processamento de oxigênio e glicose para a obtenção de energia no corpo. Muitos tecidos importantes do organismo, como os do cérebro, músculos, rins e fígado, dependem de uma boa manutenção desta ‘usina’, e pequenas alterações podem ter consequências graves.
Os cientistas afirmam que é improvável que coquetéis antiaids mais novos, produzidos pelos laboratórios Gilead, Merck, Pfizer e GlaxoSmithKline, causem danos com a mesma severidade. Acredita-se que a toxicidade destes remédios seja menor, mas novas pesquisas ainda são necessárias para confirmar isso.
“Leva tempo para que esses efeitos colaterais fiquem aparentes, então há uma interrogação sobre o futuro, para descobrir se essas novas drogas vão causar ou não este tipo de problema”, diz Patrick Chinery, do Instituto de Medicina Genética da Universidade de Newcastle, no Reino Unido. “Elas provavelmente são causam isso, mas não temos como ter certeza porque não tivemos tempo necessário para descobrir."
As descobertas ajudam a explicar por que pessoas infectadas pelo vírus HIV e tratadas com antirretrovirais antigos para a aids podem apresentar em alguns casos sinais avançados de fragilidade e doenças.
“O DNA de nossas mitocôndrias é copiado durante a nossa vida e, conforme envelhecemos, naturalmente acumula erros”, explica Chinnery, que liderou o estudo. “Acreditamos que estas drogas anti-HIV acelerem o ritmo de criação desses erros. Então, em um prazo de dez anos, o DNA de uma pessoa pode ter acumulado a mesma quantidade de erros de uma pessoa que envelheceu naturalmente por vinte ou trinta anos.”
Inibidores da Transcriptase Reversa – O mais conhecido remédio NRTI é o AZT, também chamado de zidovudine, originalmente criado pela GSK. Quando surgiu, no final da década de 1980, representou um grande avanço na luta contra a aids: aumentou a sobrevida dos pacientes, tornando crônica uma doença que antes aplicava uma sentença de morte imediata.
Ao longo dos anos, as preocupações sobre a toxicidade dos NRTIs fizeram com que países mais ricos substituíssem a classe por combinações de drogas novas e menos tóxicas. Contudo, países pobres dependem de medicamentos baratos, de forma que o AZT permaneceu sendo usado em muitas regiões do planeta.
“Estes remédios podem não ser perfeitos, mas temos que nos lembrar que, quando foram introduzidos, deram entre dez e vinte anos a mais para pessoas que poderiam, de outra forma, ter morrido”, ressalta Brendan Payne, da Newcastle´s Royal Victoria Infirmary, que também participou da pesquisa. “Na África, onde a epidemia de HIV alcançou o pior cenário e onde medicamentos mais caros não são uma opção, eles são absolutamente necessários.”
Os pesquisadores estão agora procurando novas formas de reparar ou brecar a progressão de danos causados por estas drogas. Por enquanto, a equipe acredita que a prática de exercícios – algo que parece beneficiar pacientes com problemas na mitocôndria – possa ajudar.


domingo, 26 de junho de 2011

Pesquisa: diabetes mais que dobra e afeta 347 mi no mundo.

O número de adultos com diabetes mais do que dobrou no mundo desde 1980. Atualmente são 347 milhões de pessoas com a doença, o que apontaria para o aumento dos custos para o tratamento. De acordo com uma pesquisa divulgada pela publicação científica The Lancet, uma equipe de pesquisadores internacionais que trabalham com a Organização Mundial de Saúde (OMS) descobriu que as taxas de diabetes aumentaram ou, no mínimo, permaneceram no mesmo índice em praticamente todas as partes do mundo nos últimos 30 anos.
O número estimado de diabéticos é maior do que as projeções, segundo as quais seriam 285 milhões em todo o planeta. O estudo constatou que há 347 milhões de diabéticos no mundo, dos quais 138 milhões vivem na China e Índia e outros 36 milhões nos Estados Unidos e Rússia. A diabetes mais comum, a do tipo 2, é fortemente associada à obesidade e vida sedentária.
"A diabetes está ficando mais comum em quase toda a parte do mundo", disse Majid Ezzati, do Imperial College London, na Grã-Bretanha, que liderou a pesquisa em parceria com Goodarz Danaei, da Harvard School of Public Health, nos Estados Unidos. "Se não desenvolvermos programas melhores para identificar pessoas com taxas elevadas de açúcar no sangue e ajudá-las a melhorar sua dieta, atividade física e controle de peso, a diabetes vai inevitavelmente continuar a representar um grande fardo para os sistemas de saúde de todo o mundo", acrescentou Danaei, em um comunicado conjunto.
As pessoas com diabetes têm controle inadequado de açúcar no sangue, o que pode provocar graves complicações como doenças cardíacas, derrames, danos aos rins e nervos e cegueira. Especialistas dizem que taxas elevadas de glicose no sangue causam cerca de 3 milhões de mortes em todo o mundo a cada ano, cifra que continuará a crescer à medida que aumentar a quantidade de pessoas com a doença.
O número de diabéticos se expandiu dramaticamente nas nações-ilha do Pacífico, que atualmente têm a maior proporção de pessoas com a doença. O estudo descobriu que nas Ilhas Marshall um terço de todas as mulheres e um quarto dos homens têm diabetes.
Entre os países ricos, a expansão foi maior na América do Norte e relativamente pequena na Europa Ocidental. Os níveis mais elevados de glicose e de diabetes estão nos Estados Unidos, Groenlândia (território da Dinamarca), Malta, Nova Zelândia e Espanha. Os mais baixos são os da Holanda, Áustria e França.
A região com os menores níveis de glicose é a África subsaariana, seguida do leste e sudeste da Ásia

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Cientista britânica descobre espécie 'perdida' de morcego.

Fêmea de morcego marrom de orelhas longas é achada em área onde espécie não era vista há 40 anos.

Uma bióloga da Universidade de Exeter, na Grã-Bretanha, descobriu nas ilhas Scilly, a oeste do País de Gales, uma espécie de morcego considerada 'perdida'.
Fiona Mathews encontrou um exemplar do morcego-pipistrela, uma fêmea grávida- a primeira da espécie encontrada na ilha nos últimos 40 anos.
'Ficamos surpresos e felizes ao encontrar este morcego marrom de orelhas compridas, e particularmente animados com o fato de que é uma fêmea esperando um filhote, pois sugere que existe uma colônia se reproduzindo', afirmou a bióloga.
Morcegos da espécia tinham sido vistos pela última vez nas ilhas Scilly na década de 60.
Conhecidos também como 'morcegos sussurrantes', estes animais usam suas orelhas longas para captar sons de lagartas e outros insetos dos quais de alimentam.
Devido ao fato de voarem apenas quando está muito escuro, e de os sons que emitem serem baixos demais para serem captados por aparelhos, estes morcegos são praticamente impossíveis de serem detectados por métodos tradicionais de pesquisa.
E a espécie vive em áreas de florestas, que são escassas nas ilhas Scilly.


PinheirosMathews conta que a fêmea foi encontrada em um 'velho pinheiro Monterey, plantado na costa para proteção contra o vento, e se alimentando em uma longa avenida de olmos'.
'Agora que sabemos que os morcegos estão lá, organizações conservacionistas locais podem começar a melhorar o habitat para eles', diz Mathews. Ela afirma que será preciso adotar medidas como o plantio de árvores que atraiam insetos noturnos e a restrição da iluminação em algumas áreas das ilhas.
Segundo Mathews, as autoridades das ilhas precisam fornecer locais apropriados para reprodução dos animais.
'Pelo fato de não construírem ninhos, as mães precisam encontrar lugares que vão manter seus filhotes quentes durante a noite, enquanto os adultos vão se alimentar. Eles podem usar sótãos (em casas) ou caixas, além de buracos em árvores.'
A bióloga lembra que a última colônia destes morcegos desapareceu devido à intervenção humana em seu habitat.
'A última colônia conhecida nas ilhas Scilly desapareceu quando o local onde eles ficavam, em um prédio, desapareceu e agora nós temos uma chance de reverter o destino (dos morcegos)', afirmou.

Alergia causada por camarão pode ser grave e irreversível.

A alergia alimentar é mais comum em crianças, mas também pode se manifestar na fase adulta.


Alergia causada por camarão é a mais comum nos adultos
Foto:Gerson Pantaleão / Ver Descrição
Uma pesquisa norte-americana publicada no jornal da Academia Americana de Pediatria, considerada a maior já realizada sobre o assunto, revelou que uma em cada 13 crianças possui alergia alimentar nos EUA. A incidência é semelhante no Brasil, segundo o médico alergista Giovanni di Gesu. Nas crianças, porém, o problema, apesar de mais comum, tende a ser menos grave do que nos casos de sensibilização por camarão em adultos.

— A alergia alimentar é uma resposta imunológica exagerada mais comum em crianças pequenas, que sofrem principalmente com reações a proteínas do leite e do ovo — explica.

Os sintomas nestes casos normalmente são vermelhidão em volta da boca, urticária, vômito e diarreia e até falta de ar. Porém, algumas vezes pode ela pode ser de difícil percepção porque ela causa apenas cólicas, diarreia, pouco ganho de peso e refluxo.

— Um bebê que apresentou os primeiros sintomas aos quatro meses e que seguiu uma dieta especial, provavelmente, aos três anos não terá mais a alergia — diz o médico.

A alergia alimentar pode, no entanto, aparecer também em adultos, quando a sensibilização ocorre prioritariamente ao camarão ou outros crustáceos. A doença nestes casos pode ser grave e causar até choque anafilático.

De acordo com Giovanni, é muito comum uma pessoa que nunca teve alergia a camarão chegar no consultório dizendo que teve uma reação com inchaço, falta de ar, tontura e sufocamento ao ingerir o alimento. A partir de então, o médico faz o diagnóstico baseado em exames de laboratório e testes alérgicos e orienta o paciente.

— A reação aguda ao camarão pode provocar o surgimento dos sintomas segundos depois da ingestão. É preciso estar atento a essas situações porque quando a alergia surge na idade adulta dificilmente ela desaparece, ainda que o paciente siga uma dieta adequada — revela.

Existem também alergias a outros alimentos, como banana, nozes, castanhas e amendoim. Porém, elas são bem mais raras.




Câncer de próstata mata mais fumantes.

Risco de morte cresce 61% em tabagistas, diz estudo, o que muda a conduta médica para doença.

Fumar aumenta em 61% o risco de morte para pacientes com câncer de próstata em relação a não fumantes que têm a doença. Essa é a neoplasia de maior incidência entre os homens brasileiros, excluindo-se o câncer de pele não-melanoma, e o segundo tipo de tumor mais letal entre eles. O tabaco também eleva em 61% o risco de reincidência desse tipo de câncer.
Essas são as principais conclusões de um estudo com 5.366 homens coordenado pela Escola de Saúde Pública de Harvard (Harvard School of Public Health) e publicado no último número da revista científica Journal of the American Medical Association (Jama). Médicos ouvidos pela reportagem dizem que o estudo é “contundente” e muda as orientações até então dadas pelos médicos aos pacientes.
“Largar o cigarro passa a ser uma medida importante para ajudar no tratamento. Com esse dado, podemos dizer ao paciente que, se parar de fumar, terá maior chance de sobreviver”, avalia o urologista Gustavo Cardoso Guimarães, do Hospital A.C.Camargo.
Isso porque, afirma ele, “quando recebe o diagnóstico de câncer de próstata, atualmente, o paciente tem pouco a mudar em termos de comportamento que traga impacto a sua sobrevida.”
A pesquisa concluiu ainda que, entre os fumantes, o estágio do tumor era mais avançado no momento do diagnóstico, em média. Foram analisados homens diagnosticados durante um período de 20 anos, de 1986 a 2006. “É mais um motivo para não fumar”, sentencia o professor Edward Giovannucci, um dos autores do estudo.
Guimarães enfatiza que os dados evidenciam o quanto fumantes respondem pior aos tratamentos. Ele destaca os dados do estudo relacionados aos efeitos do tempo de exposição ao tabaco.
Homens que tinham parado de fumar há mais de 10 anos ou os que, nos últimos 10 anos, vinham fumando menos de 20 maços por ano, responderam ao tratamento de modo semelhante aos que nunca haviam fumado.
O médico Alexandre Crippa, da equipe de uro-oncologia do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), afirma que estudos anteriores já sugeriam a relação entre câncer de próstata e tabagismo, mas lembra que a pesquisa de Harvard foi a que teve o maior número de participantes.
Além disso, o estudo conseguiu explicar por que essa relação é tão forte. “O estudo mostrou que o cigarro pode provocar uma alteração no PSA (um importante parâmetro de diagnóstico para tumores de próstata), o que retardaria o diagnóstico do câncer”, diz.
Segundo Crippa, “alterações hormonais provocadas pelo cigarro podem predispor a agentes carcinogênicos, o que explica a ocorrência de cânceres mais agressivos”, como o tumor de próstata, que leva à morte cerca de 12 mil por ano. Apenas o câncer de pulmão mata mais brasileiros do que ele, com pouco mais de 13 mil, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca).
Para os especialistas, o cigarro ainda é associado pela população apenas ao câncer de pulmão. “É mais fácil imaginar que a inalação da fumaça vai para o pulmão e provoca doenças só nessa área. Mas alterações metabólicas levam a cânceres em outras regiões”, lembra Crippa.
O médico diz que todos os pacientes oncológicos devem parar de fumar. Isso porque o cigarro é fator de risco para pelo menos nove tipos de câncer.

terça-feira, 21 de junho de 2011

21 de junho - Dia Nacional de Combate a Asma.

A asma é uma doença crônica que afeta mais de 100 milhões de pessoas, de diversas faixas etárias, em todo o mundo. Segundo o Ministério da Saúde, a asma é a terceira causa de internação hospitalar no País, e é responsável por cerca de 2.500 óbitos por ano no Brasil. Para reverter esse quadro, a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia criou o "Dia Nacional de Combate a Asma", comemorado em 21 de junho.
A especialista em alergia e imunologia do Hospital VITA Batel, Loraine Farias Landgraf, explica que a asma caracteriza-se por chiado, falta de ar, opressão torácica e tosse. Trata-se de uma doença inflamatória crônica, que não tem cura, mas que pode ser controlada. No inverno, o aumento das infecções das vias aéreas, a baixa resistência do organismo, devido ao frio e à umidade, faz com que as crises apareçam mais frequentemente e agrave os casos da doença.
Nas pessoas asmáticas, a mucosa brônquica (revestimento interno dos brônquios) fica inflamada, o que diminui o calibre dos brônquios, dificulta a passagem do ar e aumenta a secreção dessa região. Essa mucosa frequentemente avermelhada e inchada, fica mais sensível a certas substâncias inaladas. Segundo a médica, durante uma crise de asma, os músculos que envolvem as vias respiratórias se enrijecem ou contraem, limitando o fluxo de ar para dentro e fora dos pulmões. "A gravidade da asma pode variar de pessoa para pessoa, podendo piorar com o tempo, por isso, é preciso realizar o tratamento adequado", alerta.
A asma é também uma das doenças mais comuns na infância. Em geral, compromete crianças pequenas. A estimativa no Brasil é que cerca de 10 a 15% das crianças em idade escolar tenham asma. A coordenadora da UTI Pediátrica do Hospital VITA Curitiba, Lygia Coimbra de Manuel, explica que é mais difícil realizar o diagnóstico da doença em crianças com menos de seis meses de idade. A especialista conta também que, no Brasil, estudos revelam que a asma aguda é responsável por cerca de 10% das internações nas UTIs pediátricas, e, que assim como nos adultos, os casos são mais comuns durante o inverno.
Segundo a pediatra, as crises de asma são causadas pelos chamados fatores desencadeantes. Os mais comuns são infecções virais, alérgicos (pólens, pelos, fungos, antígenos de insetos, poeira domiciliar), irritações (produtos de limpeza, inseticidas, tintas e ceras), ambientais (fumaça de cigarro, poluição atmosférica, variações de temperatura ambiental, umidade relativa do ar), entre outros.
As especialistas alertam que é importante que cada paciente reconheça os fatores que acionam sua dificuldade respiratória e encontre meios de evitar ou limitar sua exposição a eles. Um paciente que tem asma, terá o tempo todo, mesmo quando não apresentar sintomas. Por isso, a doença deve ser controlada todos os dias. A estratégia de prevenção é manter um ambiente livre de componentes que possam desencadear uma crise. O uso de medicamentos profiláticos de asma combate a inflamação e permite uma excelente qualidade de vida para os pacientes asmáticos.

Vacina contra o câncer é testada.

Uma pesquisa conjunta de cientistas americanos e britânicos resultou no desenvolvimenvolvimento de uma nova arma no combate ao câncer: uma vacina capaz de destruir os tumores.
Os pesquisadores acreditam que o modelo de tratamento possa ser usado algum dia em humanos, com o objetivo de livrá-los do câncer e reduzir os efeitos colaterais das terapias atuais. Segundo o professor Richard Vile, imunologista da Clínica Mayo, nos Estados Unidos, testes clínicos poderão começar dentro de dois anos.
O estudo da Universidade de Leeds, na Inlgaterra, e da clínica norte-americana, foi publicado na revista especializada Nature Medicine.
A vantagem da nova forma de tratamento desenvolvida pelos cientistas está no fato de apenas as células cancerosas serem destruídas - o câncer foi induzido nos roedores para o estudo. Os tecidos em volta do tumor são poupados do "ataque" das células de defesa do corpo (células T).
A nova vacina foi criada a partir da mistura de diversos fragmentos de DNA para estimular o sistema imunológico - um diferencial em relação às demais vacinas criadas até agora com base na "terapia genética", que se utilizam apenas de um tipo de gene.
A pesquisa liderada por Vile já mostrou avanços no tratamento de câncer de próstata e melanomas e é candidata a opção de terapia para outra formas agressivas de tumor como os de pulmão, cérebro e pâncreas.
Uma vez no corpo humano, a vacina com esse gene era responsável por produzir um único antígeno que ativava o sistema imunológico, destruindo as células cancerígenas. A criação dessas vacinas, no entanto, era um desafio para a ciência, já que determinar qual o antígeno específico em questão é extremamente difícil.
Na pesquisa atual, os cientistas resolveram o problema usando diversos pedaços de genes do órgão afetado, para a produção de diferentes antígenos. Assim, a presença desses múltiplos DNA na vacina foi eficiente para fazer com que o organismo atacasse as células cancerígenas.
A abordagem não levou o sistema imunológico à fadiga, uma preocupação prévia da equipe de pesquisadores.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Falciforme: identificação precoce pode ajudar no tratamento da doença.

A anemia falciforme acontece quando a pessoa herda genes anormais tanto do pai quanto da mãe
A anemia falciforme é lembrada em todo o Brasil no dia 19 de junho. Caracterizada por ser uma doença hereditária, e mais comum em afrodescendentes, o nome “falciforme” é pelo fato de glóbulos vermelhos das pessoas doentes serem similar ao de uma foice ou meia lua.

Essa doença pode ser identifica precocemente através do teste do pezinho. Na primeira semana de vida, a criança é submetida ao teste que pode identificar a presença da doença falciforme, e do traço falciforme. Já crianças a partir de quatro meses e adultos que ainda não fizeram o diagnóstico podem realizar o exame de sangue chamado eletroforese de hemoglobina, oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

A hematóloga pediátrica, Ana Rita Prado, explica como ocorre essa mutação genética na molécula de hemoglobina.

 “Na Anemia Falciforme a alteração na molécula de hemoglobina ocorre devido a uma mutação genética, que é hereditária, ou seja, é passada dos pais para os filhos, mas a doença só acontece quando a pessoa herda dois genes anormais: um do pai e outro da mãe. Se a pessoa herdar um gene só, ela será portadora do traço falciforme, que não causa anemia nem crises de dor, mas pode ser transmitida para os filhos”.

Pessoas que possuem o traço falciforme não desenvolvem a doença, portanto não necessitam de tratamento. Mas aqueles que apresentem esse diagnóstico devem procurar uma orientação médica especializada para que os oriente em caso de quererem ter um filho.

Ana Rita comenta ainda que no Acre, a partir de 2001, foi preconizado pelo Ministério da Saúde o Teste do Pezinho Fase II, no qual são realizados os exames de hipotireoidismo congênito, fenilcetonúria e hemoglobinopatias. Aproximadamente 66 crianças e 13 adultos estão fazendo tratamento em Rio Branco.

A dona de casa Renilda Maria comenta sobre o tratamento e as dificuldades enfrentadas por sua neta Isla, portadora da anemia falciforme.

“Após 17 dias de nascida, fomos fazer o teste do pezinho na menina, foi então que os médicos detectaram que minha neta era portadora da doença. Em seguida os pais de Isla foram convidados a fazerem um exame específico, que diagnosticou que os dois eram portadores do traço falciforme. A partir daí minha neta passou a fazer o tratamento constante com medicação e acompanhamento de especialistas. Muitas vezes a criança apresenta crises de dores e fraqueza, mas se não fosse pela medicação que a menina toma, acredito que talvez não tivesse resistido. Hoje minha neta tem quatro anos e faz tudo que uma criança sem a doença faz: brinca e vai à escola”, enfatiza dona Renilda.

Tratamento

As crianças que tem Anemia Falciforme devem receber tratamento especial por parte do pediatra, incluindo tratamento para prevenir infecções e orientação quanto a certas complicações típicas da idade infantil.

Os adultos com Anemia Falciforme podem passar bem, apresentando apenas queixas esporádicas ou podem ter complicações crônicas da doença, como úlceras nas pernas, cálculos (pedras) na vesícula, lesão na articulação do quadril, alterações oculares, insuficiência renal, alterações pulmonares e cardíacas, excesso de ferro, que é causado por transfusões de sangue freqüentes.

O acompanhamento médico permanece associado a uma vida saudável. A boa alimentação e o apoio familiar são fundamentais para a qualidade de vida do paciente com Anemia Falciforme.

SAÚDE: Instituto do Câncer de São Paulo faz lista dos dez mandamentos que evitam a doença.

ATITUDES SIMPLES DE SEREM INCORPORADAS AO DIA A DIA SÃO FUNDAMENTAIS PARA PREVENIR O CÂNCER

Marcelo Lapola

O Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), ligado à Secretaria de Estado da Saúde e à Faculdade de Medicina da USP, elaborou algumas dicas importantes que podem auxiliar a prevenir o surgimento da doença.

Atitudes simples de serem incorporadas ao dia a dia são fundamentais para prevenir o câncer, que atualmente é a segunda maior causa de mortes entre a população.

O primeiro, e uma das principais recomendações, é não fumar. O tabagismo é responsável por 30% das mortes de pacientes oncológicos e um ponto desencadeante de diversas outras doenças. Outro fator importante é não consumir bebidas alcoólicas em excesso, pois o álcool potencializa significativamente os efeitos do tabaco.

“Evitar o tabagismo e a ingestão de bebidas alcoólicas já vai ajudar, e muito, na manutenção da saúde das pessoas, já que ambos estão associados ao aparecimento de inúmeros tipos de tumores”, diz Gilberto de Castro Jr., oncologista do Icesp.

Para o oncologista Paulo Hoff, adotar algumas atitudes que podem evitar o câncer também implicam em mudanças de comportamento. “As dicas listadas pelo Instituto do Câncer de São Paulo, de certa forma, são os conselhos que damos aos nossos pacientes no consultório. As informações são amplamente disseminadas, mas a prática muitas vezes exige uma mudança grande nos hábitos. Parar de fumar, mudar a alimentação, por exemplo, são algumas delas”, salienta o especialista.

Ele alerta ainda que são poucos os brasileiros que realmente adotam medidas preventivas contra o câncer, e que muitos ainda vivem na ilusão de que nunca serão vítimas da doença.

Segundo Hoff, a doença surge por causa de uma série de fatores, entre eles o genético, mas que os hábitos de vida têm uma grande influência na hora de determinar quem vai ficar doente ou não.

DEZ DICAS QUE

EVITAM O CÂNCER

1. Não fume. Mesmo uma pequena quantidade de tabaco pode fazer um grande estrago.

2. Não abuse de bebidas alcoólicas, principalmente se estiver violando a regra número um.

3. Mantenha hábitos de sexo seguro. Use camisinha. O contato com alguns vírus transmitidos por via sexual, como o papiloma vírus humano e o HIV podem desencadear no surgimento de alguns tipos de câncer.

4. O sexo seguro é caminho, ainda, para evitar os vírus da hepatite B (para a qual há vacina) e da hepatite C, ambos com potencial para levar ao câncer de fígado.

5. Evite o consumo excessivo de açúcares, de gorduras, de carne vermelha, de porco e das processadas. Invista em uma dieta saudável, rica em verduras, legumes e frutas.

6. Na mesma linha da dieta saudável, vale reforçar a importância de evitar o consumo de alimentos com muito sódio e conservantes, como é o caso dos enlatados, embutidos e fast foods em geral.

7. Cuidado com o sol. Use filtro solar diariamente e evite a exposição entre 10h e 16h. Na praia ou na piscina, lance mão, também, de barreiras físicas, como chapéu, camiseta e guarda-sol.

8. Pratique atividades físicas todos os dias. Recomendação de que o exercício tenha duração mínima de 30 minutos.

9. Mantenha-se atento à sua saúde. Procure assistência especializada caso note qualquer anormalidade em seu corpo.

10. Faça um check-up anual e realize todos os exames de diagnóstico precoce (screening) indicados pelo seu médico. Esta também é uma atitude fundamental.

domingo, 19 de junho de 2011

Ronco do parceiro faz um terço das pessoas perderem 23 dias de sono.

41% das mulheres se queixam do problema, ante 24% dos homens.

Pesquisadores da British Lung Foundation descobriram que uma a cada três pessoas perde o equivalente a três semanas de sono a cada ano por causa do ronco barulhento do companheiro ou companheira. Isso equivale a 574 horas a cada ano - ou 23 dias.

O ronco é um pesadelo para 39% dos adultos, o que faz um a cada nove casais dormirem separados por causa do problema.

Mas ao contrário do que as mulheres costumam pensar, não é só os homens que são culpados por esse hábito, apesar de ser mais comum eles ter o ronco do tipo “trovão”.

A pesquisa realizada com 2.500 adultos também descobriu que quase um quarto dos homens (24%) afirmam que não conseguem dormir por causa de suas parceiras, enquanto, entre elas 41% se queixaram de não conseguir dormir por causa do parceiro.

Especialistas alertam que o ronco alto pode ser sintoma de apneia do sono, que é a suspensão da respiração durante o sono causada pelo relaxamento extremo dos músculos e tecidos da garganta, que bloqueiam as vias aéreas.
As noites mal dormidas deixam ambos os parceiros cansados e com capacidade de concentração reduzida no dia anterior.

 

Aids: evolução do tratamento.

A cura da Aids e a criação de uma vacina que imunize o corpo humano contra a doença ainda são sonhos, três décadas depois que os primeiros casos de contaminação por HIV foram registrados no mundo. Contudo, apesar da dificuldade de acabar com o vírus - que se reproduz em ritmo alucinante - o trabalho de pesquisadores ao longo desses trinta anos resultou na criação de mecanismos de diagnóstico precoce e de medicamentos que não eliminam o vírus, mas impedem a sua multiplicação.
Distribuídos gratuitamente no Brasil, os chamados antirretrovirais possibilitaram aos portadores da enfermidade uma melhor qualidade de vida, mas no mundo inteiro ainda existem milhares de HIV positivo que não sabem que possuem a doença. No Brasil, mais de 200 mil pessoas recebem o medicamento através do Ministério da Saúde. Na Paraíba, no mês de maio, foram distribuídos antirretrovirais para 2.206 pessoas.

Os primeiros registros de Aids apareceram em 1981 nos Estados Unidos e no Brasil adoença surgiu no ano seguinte, em São Paulo. Era uma síndrome estranha, que abria o corpo das pessoas infectadas para as chamadas doenças oportunistas (notadamente tuberculose e pneumonias).

Transmitida principalmente através do contato sexual, logo se descobriu que a Aids era causada pelo Vírus da Imodeficiência Humana (HIV), que ataca o sistema imunológico, especialmente os linfócitos TCD4, alterando o DNA dessa célula e fazendo inúmeras cópias de si mesmo. "Na década de 80 só se descobria que o paciente portava o vírus quando já estava muito doente, minimizando as chances de sobrevivência dele", explica a infectologista Valdiléa Veloso, pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e diretora do Instituto de Pesquisa Evandro Chagas (IPEC/Fiocruz), referência em pesquisa no HIV no país. De acordo com ela, apenas em 1985 foi criado o primeiro teste de diagnóstico do HIV.

"Esse foi um dos grandes avanços. Percebemos que o corpo infectado produzia anticorpos em um determinado espaço de tempo (janela imunológica) e identificamos a presença do vírus a partir deles. Também descobrimos que existiam pessoas infectadas pelo vírus (HIV positivo), que não apresentavam sintomas da doença que tinha um longo período de incubação", explicou.

sábado, 18 de junho de 2011

Boletim Epidemiológico revela redução de casos de dengue em Três Lagoas.

De acordo com dados da Secretaria Municipal de Saúde houve diminuição no número de casos de Dengue em Três Lagoas. Em 2010 foram notificados 1480 casos suspeitos da doença. Enquanto que, neste ano, até o dia 4 de junho, 529 casos foram notificados.
Do total registrado como notificação no Município, em 2011, 153 foram confirmados através de exames laboratoriais e 121 aguardam o resultado. Nesse período, ficaram internadas 30 pessoas com suspeita da doença, mas nenhuma em estado grave.
Em Mato Grosso do Sul, pelas informações repassadas através da planilha simplificada, da Secretaria Estadual de Saúde, 12.471 casos tinham sido registrados de suspeita de Dengue.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Descoberta de como nicotina causa perda de peso pode render remédio.

Proteína fluorescente destaca as células cerebrais
que controlam o apetite e são afetadas pela
nicotina (Foto: Science/AAAS)
Uma das principais reclamações de quem para de fumar é o ganho de peso. Apesar de todos os males para a saúde, o cigarro emagrece e muitos desistem de largar o hábito se a troca for por uns quilinhos a mais. Agora, os cientistas entenderam porque isso acontece, em um estudo publicado na revista "Science" desta semana. A descoberta pode resultar, no futuro, em remédios para emagrecer feitos a partir de drogas parecidas com a nicotina.
De acordo com o líder do estudo, a perda de peso causada pelo cigarro é real, mas não é muito grande e não deveria servir de desculpa para continuar fumando.
“A perda de peso média é consistente e estatisticamente relevante, mas moderada, entre 2 kg e 3 kg”, disse ao G1 Yann Mineur, psiquiatra da escola de medicina da Universidade Yale, nos Estados Unidos.
Com uma droga parecida com a nicotina, o grupo de Mineur descobriu que receptores no cérebro são ativados pelo cigarro na região do hipotálamo – que controla, exatamente, a alimentação. O resultado é a diminuição da fome e, por consequência, perda de peso. Como a ação é bastante específica, os pesquisadores conseguiram também impedir a ativação dos receptores pela droga e, com isso, manter o peso dos camundongos usados na pesquisa.
Segundo Mineur, a descoberta indica que algumas propriedades de alguns compostos da nicotina podem ser usados como medicação no tratamento de desordens alimentares ou mesmo como maneira de limitar o ganho de peso em quem deixa de fumar. Isso, no entanto, teria que ser feito com cuidado.
“Talvez possa ser algo parte de um programa de dietas, mas efeitos colaterais devem ser esperados e o custo-benefício deve ser considerado com cautela”, diz ele.
O cientista também ressalta que a pesquisa não defende o hábito de fumar. Ele lembra que “a dose é o que faz a diferença entre um veneno e um remédio”. “Os compostos de nicotina são tóxicos e letais”, afirma.

Anvisa mantém postura sobre a venda dos inibidores de apetite.

Após meses de intensos debates, deve se confirmar a proibição da venda de remédios inibidores de apetite no Brasil, sugerida em nota técnica da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em fevereiro deste ano. A discussão acerca do assunto foi encerrada em um painel promovido, na terça-feira, pelo órgão, conforme adiantado pelo Correio em 8 de junho. Segundo a chefe do núcleo de investigação em vigilância sanitária da Anvisa, Maria Eugênia Cury, o encontro reforçou as conclusões da agência reguladora de que não há margem de garantia para o consumo da sibutramina e dos anorexígenos anfetamínicos (anfepramona, femproporex e mazidol) com segurança por pacientes obesos. “Nós não conseguimos ter uma resposta objetiva de qual população se beneficia. Que o medicamento tem problemas de segurança, eu não tenho dúvidas. Reforçou (o painel) a avaliação de que o perfil de segurança do remédio é mais desfavorável do que favorável”, afirma Maria Eugênia.

Boa parte da discussão voltou-se ao uso dos medicamentos, bastante receitados no Brasil. Segundo o presidente da Anvisa, Dirceu Barbano, o mundo consumiu 5,7t de sibutramina em 2010. Dessas, 3,3t foram vendidas na América do Sul e quase 80% desse valor, cerca de 2,6t, foram consumidas por pacientes brasileiros. A maior divergência entre a agência e as entidades médicas e farmacêuticas envolvidas girava em torno do estudo Scout, que levou à proibição da sibutramina na Europa. No painel técnico, segundo Maria Eugênia Cury, foi possível analisar os dados do estudo e mostrar para os médicos que não havia equívoco em falar sobre os riscos para qualquer obeso, e não apenas para aqueles que já tenham histórico de doenças cardiovasculares. “A gente conseguiu ver que há técnicos e cientistas que não são da Anvisa e que confirmaram a nossa avaliação de que esse estudo, aliado a outros, demonstra riscos na utilização em uma população que não é só essa de contraindicação”, explica a coordenadora.

Cury afirma que muitas das 15 questões enviadas às entidades médicas a respeito da segurança do uso dos emagrecedores permaneceram em aberto mesmo após os debates de terça. O representante da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbem), Ricardo Meirelles, afirma, no entanto, que todas foram sanadas. “Elas foram respondidas embasadas em publicações de revistas científicas, mostrando que não era a opinião de alguns especialistas, mas conclusões de trabalhos feitos em diversos países. A sensação que se teve é de que a Anvisa já está com uma ideia pré-concebida e não parece muito disposta a mudar”, queixa-se. “Para os defensores da manutenção desses medicamentos, o estudo Scout foi mal interpretado porque foi feito com pacientes que já tinham doença cardiovascular prévia. O estudo apenas confirmou a bula, e a Anvisa, a exemplo da Agência Europeia, está querendo estender a proibição a toda a população de obesos”, diz Meirelles.

O argumento usado pelos médicos, segundo o cardiologista e autor de livros de farmacologia clínica Flávio Danni Fuchs, não foi convincente. “Não se tem evidência concreta de que (o medicamento) seja útil em pacientes. Infelizmente, ele aumenta a pressão arterial e se mostrou perigoso em indivíduos com doença vascular e diabetes. Medicamentes que não têm segurança não devem ser autorizados para uso”, sustenta Fuchs.

Se antes havia um clima de otimismo entre os médicos diante da possibilidade de recuo da Anvisa, agora há apreensão. “Se for mantida essa posição, vai ser um prejuízo para todos os obesos, que atualmente são mais de 15% da população brasileira”, afirma Meirelles, representante da Sbem.

A Anvisa tem dois pareceres favoráveis à suspensão do registro dos inibidores de apetite no país. Depois do último painel de discussão, será elaborado um documento que será submetido à avaliação da Diretoria Colegiada da agência reguladora, que deve decidir pela proibição dos emagrecedores. A previsão é de que a resposta final saia até agosto, segundo o presidente Dirceu Barbano.

106.1 odontologia, complicados demais

Estudo sugere que azeite pode reduzir riscos de AVC.

Pessoas idosas que ingerem azeite correm menos risco de sofrer um Acidente Vascular Cerebral (AVC) do que aqueles que não o fazem, sugere um estudo que envolveu mais de 7000 franceses, publicado esta quarta-feira nos EUA, avança a AFP.

Investigadores do Instituto Nacional de Saúde e Pesquisa Médica, em Bordeaux, França, acompanharam 7625 pessoas de 65 anos de idade ou mais em três cidades – Bordeaux, Dijon e Montpellier – durante um período de cinco anos.

Durante esse tempo, foram registados 148 AVC. Os indivíduos foram divididos em grupos de acordo com o seu consumo de azeite, indo daqueles que não consumiam nada àqueles que usavam o produto em grandes quantidades, em receitas e no pão.

Quando os investigadores levaram em consideração factores como a massa corporal, actividades físicas e a dieta, constataram que os consumidores "intensivos" de azeite de oliva tinham 41% menos risco de AVC quando comparados aos que nunca consumiam azeite.

"A nossa pesquisa sugere que uma nova série de recomendações de dieta precisa ser elaborada para prevenir AVC em pessoas de 65 anos ou mais", disse a autora do estudo Cecilia Samieri.

"Os AVC são tão comuns em pessoas idosas e o azeite pode ser uma forma barata e fácil de ajudar a prevenir isso", acrescentou a investigadora.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

"Um verdadeiro amigo é alguém que te conhece tal como és, compreende onde tens estado, acompanha-te em teus lucros e teus fracassos, celebra tuas alegrias, compartilha tua dor e jamais te julga por teus erros."

Vacinação contra poliomielite será neste sábado.

Atibaia estará neste sábado, dia 18, com as unidades de saúde abertas das 8h às 17h e mais diversos postos volantes para vacinar as crianças de até 6 anos contra a poliomielite (paralisia infantil). Serão 55 locais disponibilizados para a vacinação em Atibaia. Neste ano, a campanha tem uma novidade: para atender determinação do Ministério da Saúde para o Estado de São Paulo, também será aplicada vacina contra o sarampo.
As crianças menores de um ano serão vacinadas somente contra a pólio; crianças de 1 a 4 anos receberão as duas vacinas (sarampo e pólio); e, entre 5 e 6 anos, somente contra o sarampo, mesmo aquelas que já tenham sido vacinadas antes.
Em Atibaia, a meta é aplicar 8.856 doses contra a pólio e 9.678 contra o sarampo. A campanha contra o sarampo foi antecipada este ano devido ao registro de nove casos no Brasil até o momento, sendo dois deles na região de Campinas.
O sarampo é uma doença altamente contagiosa, transmitida por vírus de pessoa para pessoa, por meio das secreções expelidas pelo doente ao tossir, falar ou respirar. Alguns dias após o contato com o vírus, surgem placas avermelhadas na pele, principalmente no rosto e na região dos pés. Febre, tosse persistente, mal-estar, dor de cabeça, coriza, conjuntivite e fotofobia são alguns sintomas desta doença que pode ser muito grave.
A poliomielite está erradicada no estado de São Paulo desde 1988, mas a vacina é necessária porque o vírus ainda circula em alguns países da África e da Ásia.

Alemães identificam a bactéria E.coli em pés de alface no Sudeste do país.

BERLIM -  As autoridades sanitárias da Alemanha descobriram a bactéria E.coli em folhas de alface, em uma área da região de Fürth, na Baviera, no Sudeste do país. O anúncio, feito hoje, ocorre quatro dias depois de as autoridades suspenderem o alerta contra o consumo da verdura. Os especialistas vão examinar os setores de distribuição e determinaram a retirada da alface dos supermercados.
No entanto, eles consideram improvável que haja uma relação entre a descoberta em Fürth e o surto infeccioso de E.coli, no Norte da Alemanha, que contaminou mais de 3.200 pessoas e causou 35 mortes.
O Instituto Robert Koch (RKI), de Berlim, informou que nos últimos dias o número de contágios diminuiu. No último dia 11, o RKI anunciou, após intensas pesquisas, que o surto de um perigoso tipo da bactéria E.coli teve origem em vegetais produzidos de uma exploração agrícola de Bienenbuettel, na Baixa Saxônia.
Em relação à bactéria identificada em Fürth, os especialistas analisam se é do tipo que provoca a perigosa Síndrome Hemolítica Urêmica (HUS), que causa danos nos rins e no cérebro e é responsável pela maioria das mortes.
De acordo com o Ministério da Agricultura e Defesa do Consumidor da Alemanha, foram feitos cerca de 9 mil testes para examinar vários tipos de alimentos – principalmente pepinos, tomates e alfaces. A hipótese mais provável, segundo os especialistas, é que outros genes da bactéria E.coli que não estão relacionados com a onda de contaminações.

Gays podem doar sangue, mas com restrições, destacam jornais.


Segundo reportagem publicada pelo jornal Correio Braziliense nesta quarta-feira, mais um passo na luta contra a discriminação foi ensaiado com a publicação no Diário Oficial da União de portaria do Ministério da Saúde determinando que a orientação sexual não deve ser alvo de preconceito ou discriminação para a doação de sangue. A nova regra, no entanto, esbarra em outra restrição, já prevista na legislação desde 2004: homens que tiveram relação sexual com parceiros do mesmo sexo, ainda que com uso de preservativos, ficam impedidos de doar por um período de 12 meses.

"Estudos ainda mostram que o risco do homem que fez sexo com homem é 18 vezes maior de ter infecção pelo HIV do que a população que não tem esse tipo de atividade sexual", disse o Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, à Folha de S.Paulo.

Para o professor de hematologia e hemoterapia da USP Dalton Chamone, a mudança é positiva. "Hoje, o que mais importa é o rigor na avaliação do comportamento de risco e não a orientação sexual do doador", disse também à Folha.

Em entrevista ao jornal O Globo, o coordenador-geral de Sangue e Hemoderivados do Ministério da Saúde, Guilherme Genovez, justificou que “é uma posição da classe científica internacional”.

Embora reconheça que o risco entre homossexuais masculinos seja maior, o infectologista Esper Kallas, professor da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), disse ao jornal O Estado de S.Paulo que é contra essa restrição. "Seria melhor levar em conta o comportamento de risco como um todo, seja ele entre hetero ou homossexuais. Essa avaliação deve acontecer caso a caso", afirma.

Chegam a 105 mortes por inundações na China.

As chuvas torrenciais continuam na região central da China e o número de vítimas pelas recentes inundações aumentou para 105. Além disso, há 63 desaparecidos. O Ministério da Defesa Civil informou hoje que a maioria das mortes ocorreu na província de Hunan, onde a previsão é que os temporais prossigam até a sexta-feira.

Os deslizamentos de terra e de pedras pelas chuvas também mataram 39 pessoas, enquanto havia 21 desaparecidos. O ministério informou que o governo destinou 35 milhões de yuans (US$ 5 milhões) para a ajuda às vítimas do desastre na província central de Guizhou. Morreram 24 pessoas em Guizhou e outras 32 estão desaparecidas. O ministério informou que também havia enviado 5 mil tendas de campanha e 40 mil mantas para os afetados pelas chuvas. As informações são da Associated Press

Bebês que crescem com animais de estimação desenvolvem menos alergias a eles.

Segundo uma nova pesquisa, bebês que convivem com cães e gatos são menos propensos a desenvolver alergias aos animais mais tarde na vida.
Os pesquisadores coletaram informações de 566 crianças e seus pais sobre a exposição das crianças aos animais de estimação e seu histórico de alergias. Além disso, quando as crianças completaram 18 anos, eles tomaram amostras de sangue e as testaram para certas proteínas do sistema imunológico (conhecidas como anticorpos) que lutam contra alérgenos de cães e gatos.
As crianças que cresceram em lares com gatos tinham cerca de metade da probabilidade (48% mais baixa) de serem alérgicas a eles quando adolescentes. Crescer em torno de um cãozinho reduziu o risco de alergias ao cão por aproximadamente a mesma quantidade para os meninos (50% mais baixo), mas não para meninas; uma descoberta que os pesquisadores não conseguiram compreender.
Os cientistas sugerem que as meninas talvez não desenvolvam a mesma imunidade que os meninos porque interagem de forma diferente com os cães; mas é só um palpite.
A pesquisa mostrou que estar exposto aos animais de estimação após o primeiro ano de vida não parece ter qualquer efeito sobre o risco de alergias, o que indica que o tempo pode ser tudo quando se trata de prevenir alergias.
Embora os cientistas não possam dizer com certeza, suspeitam que a exposição precoce a alérgenos e bactérias relacionadas a animais domésticos fortalece o sistema imunológico. O corpo se habitua aos alérgenos, e ajuda a criança a construir uma imunidade natural.
“A sujeira é boa”, diz a pesquisadora Ganesa Wegienka. “Se o sistema imunológico estiver ocupado com exposições no início, fica longe do perfil imune alérgico”.
Esse não é o primeiro estudo a achar que ter um animal doméstico pode proteger as crianças de alergias, mas é o primeiro a acompanhar as crianças até que elas alcancem 18 anos. Os estudos anteriores tiveram resultados mistos.
Alguns chegaram a ligar a exposição a cães durante a infância a um risco aumentado de alergia, por isso é muito cedo para recomendar um cão ou gato para afastar alergia em seu filho. Pela mesma razão, não se livre de seu animal de estimação quando tiver um filho, achando que o bicho vai provocar alergias.
“No final, provavelmente vamos descobrir que existem períodos de oportunidade, quando a exposição aos alérgenos, para algumas pessoas, vai ter um efeito protetor”, afirma o especialista em alergia e imunologia, David Nash, que não participou do estudo.
Além disso, é possível que outros fatores, além de ter um cão ou gato, influenciem o risco de alergia. Por exemplo, embora os pesquisadores tenham levado em conta o fato de os pais das crianças serem alérgicos ou não, eles não perguntaram por um histórico familiar mais amplo de alergias ou outros problemas de saúde. Pode ser que as crianças geneticamente predispostas a alergias simplesmente sejam menos propensas a crescerem em lares com animais.[CNN]

Brasil consome 55% de toda sibutramina produzida no mundo.

O Brasil consome cerca de 55% de toda a sibutramina (inibidor de apetite) produzida no mundo. Esse é um dos dados que pesam para a avaliação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que estuda retirar do mercado o inibidor de apetite. O presidente da agência, Dirceu Barbano, citou as informações levantadas por instituições internacionais, que apontaram a produção de 9,7 toneladas do medicamento em 2009.








O Brasil foi responsável pelo consumo de aproximadamente 5 toneladas, enquanto os Estados Unidos, que têm grave problema de saúde pública por conta da obesidade da população, consumiu somente 170 kg de sibutramina.
A Anvisa deverá decidir até agosto se irá permitir ou proibir o uso de sibutramina. A agência faz hoje o último debate sobre a eficácia e a segurança dos remédios inibidores de apetite.
Como a Folha adiantou hoje adiantou, a Anvisa deverá banir o medicamento do mercado brasileiro, decisão que já foi tomada pela Europa, Estados Unidos e diversos países da América Latina (Argentina, Chile, Colômbia, México, Panamá e Uruguai).
No ano passado, um estudo apontou riscos de uso da sibutramina para pacientes com risco de problemas cardiovasculares. A pesquisa serviu de base para a decisão da Europa e para vários outros países.
Além da sibutramina, a Anvisa estuda retirar do mercado drogas com derivados de anfetamina, substâncias com efeito anorexígeno que agem no sistema nervoso central.