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Icó Este Município, localizado na região Centro-Sul, é o campeão de dengue no interior do Ceará. De acordo com o mais recente boletim epidemiológico, divulgado pela Secretaria de Saúde do Estado (Sesa), até a primeira semana deste mês, Icó lidera as estatísticas com 1.210 casos da doença, um índice elevado. Apesar da queda nos índices registrados nos últimos três meses, a situação preocupa moradores e autoridades locais de saúde. Neste ano, ocorreu um óbito, por dengue hemorrágica.
Até a semana passada, foram notificados 75.043 casos suspeitos de dengue em 184 Municípios do Ceará. Destes, 37.633 foram confirmados em 170 Municípios e 24.125 foram descartados. A Capital registrou 21.272 casos; Crateús, 1.115 casos. O quarto Município é Itapipoca, com 1.043 casos, seguido de Maracanaú com 759 e Caucaia, 726.
Em relação aos casos graves, os dados mostram que a proporção aumenta a cada ano. Neste ano, o pico de transmissão da doença verificou-se nos meses de março e abril, com 10.773 e 11.295 casos confirmados, respectivamente.
O secretário de Saúde de Icó, Daniel Peixoto, lamentou a falta de participação efetiva dos moradores nas campanhas preventivas e de combate aos focos do mosquito transmissor da dengue. "Infelizmente, falta colaboração da população", disse. "Trabalhamos em parceria com o Ministério Público e nas casas onde há repetição de focos, deixamos uma carta-alerta e, na segunda reincidência, serão adotadas medidas legais. Trocamos o larvicida e o inseticida por produtos naturais, mas com maior eficácia e intensificamos o fumacê com uso de bombas costais, em cada casa".
Embora lidere os números de dengue no interior do Ceará, a Secretaria de Saúde deste Município observa que as ações realizadas a partir de fevereiro surtiram efeito, pois o registro da doença reduziu-se nos meses seguintes. O pico foi verificado em fevereiro com 490 casos, depois caiu para 189, em março, 90 em abril, 25 em maio e 14 em junho. "O nosso esforço apresentou um resultado positivo", frisou o assessor técnico da Secretaria de Saúde, Marcos Barreto. "O objetivo é manter os índices reduzidos e o trabalho dos agentes de endemias com visitas domiciliares será intensificado".
Na região Centro-Sul, após Icó, a cidade de Orós aparece em segundo lugar com 274 casos, embora nos últimos dois meses não tenha ocorrido registro da doença. Depois vem Iguatu com 213 notificações, mas no último trimestre não há registro de dengue no boletim da Sesa.
Prevenção
Em consequência do alerta das autoridades de Saúde de risco de epidemia de dengue, após surto da doença nos primeiros meses deste ano, os Municípios do Centro-Sul intensificaram as ações preventivas e de combate aos focos do mosquito transmissor, Aedes Aegypti.
Em Jucás, a mobilização incluiu a realização de mutirões de limpeza nos bairros, palestras nas escolas e esclarecimentos aos moradores sobre os focos que são encontrados com maior frequência em potes e caixas d´água. "Infelizmente, muitos não colaboram e com 15 dias, após eliminação, novos focos são encontrados na mesma residência", observou Georgy Xavier, subsecretário de Saúde. A Prefeitura de Jucás investiu na aquisição de transporte, escadas e lanternas potentes para os agentes de endemias. O resultado foi a redução nos casos.
Os especialistas lembram que a melhor maneira para evitar a dengue é adoção de medidas preventivas: combate aos focos de acúmulo de água, locais propícios para a criação do mosquito transmissor da doença. Para isso, é importante não acumular água em latas, embalagens, copos plásticos, tampinhas de refrigerantes, pneus velhos, vasinhos de plantas, jarros de flores, garrafas, caixas d´água, tambores, latões, cisternas, sacos plásticos e lixeiras, entre outros. A limpeza da casa e dos locais de trabalho é uma importante ação, que deve ser mantida diariamente.
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