domingo, 19 de junho de 2011

Aids: evolução do tratamento.

A cura da Aids e a criação de uma vacina que imunize o corpo humano contra a doença ainda são sonhos, três décadas depois que os primeiros casos de contaminação por HIV foram registrados no mundo. Contudo, apesar da dificuldade de acabar com o vírus - que se reproduz em ritmo alucinante - o trabalho de pesquisadores ao longo desses trinta anos resultou na criação de mecanismos de diagnóstico precoce e de medicamentos que não eliminam o vírus, mas impedem a sua multiplicação.
Distribuídos gratuitamente no Brasil, os chamados antirretrovirais possibilitaram aos portadores da enfermidade uma melhor qualidade de vida, mas no mundo inteiro ainda existem milhares de HIV positivo que não sabem que possuem a doença. No Brasil, mais de 200 mil pessoas recebem o medicamento através do Ministério da Saúde. Na Paraíba, no mês de maio, foram distribuídos antirretrovirais para 2.206 pessoas.

Os primeiros registros de Aids apareceram em 1981 nos Estados Unidos e no Brasil adoença surgiu no ano seguinte, em São Paulo. Era uma síndrome estranha, que abria o corpo das pessoas infectadas para as chamadas doenças oportunistas (notadamente tuberculose e pneumonias).

Transmitida principalmente através do contato sexual, logo se descobriu que a Aids era causada pelo Vírus da Imodeficiência Humana (HIV), que ataca o sistema imunológico, especialmente os linfócitos TCD4, alterando o DNA dessa célula e fazendo inúmeras cópias de si mesmo. "Na década de 80 só se descobria que o paciente portava o vírus quando já estava muito doente, minimizando as chances de sobrevivência dele", explica a infectologista Valdiléa Veloso, pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e diretora do Instituto de Pesquisa Evandro Chagas (IPEC/Fiocruz), referência em pesquisa no HIV no país. De acordo com ela, apenas em 1985 foi criado o primeiro teste de diagnóstico do HIV.

"Esse foi um dos grandes avanços. Percebemos que o corpo infectado produzia anticorpos em um determinado espaço de tempo (janela imunológica) e identificamos a presença do vírus a partir deles. Também descobrimos que existiam pessoas infectadas pelo vírus (HIV positivo), que não apresentavam sintomas da doença que tinha um longo período de incubação", explicou.

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