Secretaria de Saúde mantém a vacinação nos postos de saúde contra a doença; limite para os imunizados subiu de 19 para 24 anos.
Sorocaba soma 73 casos de hepatite crônica (resultado de pacientes contaminados pelos tipos B, C e B+C) desde o dia 1º de janeiro. Em 2010 foram 92 registros. A hepatite é uma inflamação do fígado e as mais comuns são as causadas por vírus (A, B e C). A luta contra a doença, que tem até um dia especial no calendário de saúde mundial, é reforçada com a aplicação de três doses de vacina, a melhor forma de prevenção.
Todas as crianças, adolescentes e adultos com até 24 anos e 11 meses de idade, que ainda não foram imunizados, devem receber a vacina. O principal foco do combate é a hepatite B, uma doença provocada por vírus e cuja transmissão ocorre por meio de relações sexuais e do sangue, em contato com uso de material não esterilizado, agulhas contaminadas, entre outros.
A enfermeira Ângela Sanches, do setor de imunização da Vigilância Epidemiológica, explica que esta doença pode ser evitada tomando-se as doses de vacinas até os 24 anos, o que vale para toda a vida.
Este limite etário é uma referência estipulada pelo Ministério da Saúde, assim como acontece com as doses contra a gripe, em campanhas sazonais, recomendadas para faixas específicas e grupos suscetíveis. Mas vale lembrar que assim como a gripe, a hepatite é uma doença que pode contaminar qualquer pessoa seja ela criança, jovem, adulto ou idoso.
“A primeira dose da vacina contra hepatite B deve ser aplicada nas primeiras 12 horas de vida da criança; a próxima no segundo mês de vida, e a terceira dose, aos seis meses de idade. Nos demais casos, a vacina é administrada em apenas três doses.
domingo, 31 de julho de 2011
sexta-feira, 15 de julho de 2011
Icó lidera casos de dengue no interior do Ceará
Adicionar legenda |
Icó Este Município, localizado na região Centro-Sul, é o campeão de dengue no interior do Ceará. De acordo com o mais recente boletim epidemiológico, divulgado pela Secretaria de Saúde do Estado (Sesa), até a primeira semana deste mês, Icó lidera as estatísticas com 1.210 casos da doença, um índice elevado. Apesar da queda nos índices registrados nos últimos três meses, a situação preocupa moradores e autoridades locais de saúde. Neste ano, ocorreu um óbito, por dengue hemorrágica.
Até a semana passada, foram notificados 75.043 casos suspeitos de dengue em 184 Municípios do Ceará. Destes, 37.633 foram confirmados em 170 Municípios e 24.125 foram descartados. A Capital registrou 21.272 casos; Crateús, 1.115 casos. O quarto Município é Itapipoca, com 1.043 casos, seguido de Maracanaú com 759 e Caucaia, 726.
Em relação aos casos graves, os dados mostram que a proporção aumenta a cada ano. Neste ano, o pico de transmissão da doença verificou-se nos meses de março e abril, com 10.773 e 11.295 casos confirmados, respectivamente.
O secretário de Saúde de Icó, Daniel Peixoto, lamentou a falta de participação efetiva dos moradores nas campanhas preventivas e de combate aos focos do mosquito transmissor da dengue. "Infelizmente, falta colaboração da população", disse. "Trabalhamos em parceria com o Ministério Público e nas casas onde há repetição de focos, deixamos uma carta-alerta e, na segunda reincidência, serão adotadas medidas legais. Trocamos o larvicida e o inseticida por produtos naturais, mas com maior eficácia e intensificamos o fumacê com uso de bombas costais, em cada casa".
Embora lidere os números de dengue no interior do Ceará, a Secretaria de Saúde deste Município observa que as ações realizadas a partir de fevereiro surtiram efeito, pois o registro da doença reduziu-se nos meses seguintes. O pico foi verificado em fevereiro com 490 casos, depois caiu para 189, em março, 90 em abril, 25 em maio e 14 em junho. "O nosso esforço apresentou um resultado positivo", frisou o assessor técnico da Secretaria de Saúde, Marcos Barreto. "O objetivo é manter os índices reduzidos e o trabalho dos agentes de endemias com visitas domiciliares será intensificado".
Na região Centro-Sul, após Icó, a cidade de Orós aparece em segundo lugar com 274 casos, embora nos últimos dois meses não tenha ocorrido registro da doença. Depois vem Iguatu com 213 notificações, mas no último trimestre não há registro de dengue no boletim da Sesa.
Prevenção
Em consequência do alerta das autoridades de Saúde de risco de epidemia de dengue, após surto da doença nos primeiros meses deste ano, os Municípios do Centro-Sul intensificaram as ações preventivas e de combate aos focos do mosquito transmissor, Aedes Aegypti.
Em Jucás, a mobilização incluiu a realização de mutirões de limpeza nos bairros, palestras nas escolas e esclarecimentos aos moradores sobre os focos que são encontrados com maior frequência em potes e caixas d´água. "Infelizmente, muitos não colaboram e com 15 dias, após eliminação, novos focos são encontrados na mesma residência", observou Georgy Xavier, subsecretário de Saúde. A Prefeitura de Jucás investiu na aquisição de transporte, escadas e lanternas potentes para os agentes de endemias. O resultado foi a redução nos casos.
Os especialistas lembram que a melhor maneira para evitar a dengue é adoção de medidas preventivas: combate aos focos de acúmulo de água, locais propícios para a criação do mosquito transmissor da doença. Para isso, é importante não acumular água em latas, embalagens, copos plásticos, tampinhas de refrigerantes, pneus velhos, vasinhos de plantas, jarros de flores, garrafas, caixas d´água, tambores, latões, cisternas, sacos plásticos e lixeiras, entre outros. A limpeza da casa e dos locais de trabalho é uma importante ação, que deve ser mantida diariamente.
terça-feira, 12 de julho de 2011
Descoberta superbactéria da gonorreia resistente a todos os antibióticos
Foi descoberta no Japão e está a preocupar os especialistas em saúde pública: há uma nova estirpe da bactéria que provoca a gonorreia capaz de resistir a todos os antibióticos disponíveis. A descoberta em laboratório foi anunciada esta semana, na conferência da Sociedade Internacional para a Investigação sobre Doenças Sexualmente Transmissíveis, no Canadá. Magnus Unemo, um dos investigadores envolvidos no estudo, diz que a descoberta desta nova estirpe de Neisseria gonorrhoaeae, classificada de H041, é ao mesmo tempo alarmante e previsível. "Desde que os antibióticos se tornaram o tratamento-padrão para a gonorreia, nos anos 40, a bactéria mostrou uma capacidade extraordinária para desenvolver mecanismos de resistência a todos os medicamentos que foram sendo introduzidos."
Para já os investigadores ainda não têm noção se esta estirpe já infectou muitas pessoas ou qual a sua dispersão, mas os estudos epidemiológicos sugerem que tem potencial para alastrar rapidamente, caso não sejam desenvolvidos novos medicamentos e estratégias de combate. A gonorreia habitualmente é tratada com antibióticos da classe das cefalosporinas, semelhantes à penicilina, que parecem não funcionar com esta bactéria. Nas mulheres, metade dos casos são assintomáticos e quando não são tratados podem levar a complicações crónicas como dor pélvica ou gravidezes ectópicas. Nos homens, onde os casos assintomáticos são em número inferior (apenas 2% a 5%), a gonorreia pode contribuir para situações de infertilidade e aumenta o risco de transmissão de VIH.
Casos aumentam em Portugal Os casos de gonorreia parecem estar a diminuir a nível mundial mas em alguns países europeus, entre eles Portugal, a situação dá sinais de poder evoluir na direcção oposta. Em Maio, o Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC) publicou a primeira análise aprofundada sobre infecções de origem sexual, para o período 1990-2009. No relatório, Portugal é o segundo país europeu onde o número de casos mais aumentou entre 2008 e 2009 (83%). No total, foram diagnosticados no país 114 casos, contra 67 no ano anterior. A doença é de notificação obrigatória desde os anos 50 e desde 1993 que não registava mais de cem casos num ano. Em 1990, o primeiro ano analisado neste relatório, eram 246. Além de Portugal, os casos parecem estar a aumentar também na Islândia, na Polónia e na Dinamarca. No total, foram reportados 29 202 casos a nível europeu em 2009. Nos Estados Unidos estima-se que sejam, pelo menos, 700 mil todos os anos. A maioria dos doentes são jovens entre os 15 e os 24 anos.
Para já os investigadores ainda não têm noção se esta estirpe já infectou muitas pessoas ou qual a sua dispersão, mas os estudos epidemiológicos sugerem que tem potencial para alastrar rapidamente, caso não sejam desenvolvidos novos medicamentos e estratégias de combate. A gonorreia habitualmente é tratada com antibióticos da classe das cefalosporinas, semelhantes à penicilina, que parecem não funcionar com esta bactéria. Nas mulheres, metade dos casos são assintomáticos e quando não são tratados podem levar a complicações crónicas como dor pélvica ou gravidezes ectópicas. Nos homens, onde os casos assintomáticos são em número inferior (apenas 2% a 5%), a gonorreia pode contribuir para situações de infertilidade e aumenta o risco de transmissão de VIH.
Casos aumentam em Portugal Os casos de gonorreia parecem estar a diminuir a nível mundial mas em alguns países europeus, entre eles Portugal, a situação dá sinais de poder evoluir na direcção oposta. Em Maio, o Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC) publicou a primeira análise aprofundada sobre infecções de origem sexual, para o período 1990-2009. No relatório, Portugal é o segundo país europeu onde o número de casos mais aumentou entre 2008 e 2009 (83%). No total, foram diagnosticados no país 114 casos, contra 67 no ano anterior. A doença é de notificação obrigatória desde os anos 50 e desde 1993 que não registava mais de cem casos num ano. Em 1990, o primeiro ano analisado neste relatório, eram 246. Além de Portugal, os casos parecem estar a aumentar também na Islândia, na Polónia e na Dinamarca. No total, foram reportados 29 202 casos a nível europeu em 2009. Nos Estados Unidos estima-se que sejam, pelo menos, 700 mil todos os anos. A maioria dos doentes são jovens entre os 15 e os 24 anos.
Assinar:
Postagens (Atom)